Seguindo a máxima de que o nosso povo possui memória curta, então, os lagunenses, como bons brasileiros, também “devem” esquecer rápido o que já passou. Porém, não caracterizando isso como uma regra fadada ou um tipo de discórdia qualquer, pelo contrário, somente usando como motivo de lembrança gostaria muito, e agora o faço, de hoje homenagear duas pessoas, que fizeram parte da minha história e com certeza, de muitos de Laguna.
Os mais velhos, é claro, somente eles, lembrarão da sinuosa Elzi; a senhora Alberto Crippa. A bela que precocemente subiu aos céus, mas que na sua breve estada aqui, deixou fatos marcantes, com quem conviveu. Como neto do meio, não tive o prazer de conviver com sua presença material, já que nasci três anos após sua “viagem” (dia 05 de maio de 1976). Porém pude confeccionar memórias magníficas, através de discursos, muitas vezes embevecidos e outros até cômicos, de pessoas, que, ao longo dos meus 31 anos, contaram e ainda contam passagens sobre a minha avó.
Têm os “meninos e meninas” do Campo de Fora, hoje cinquentões, que acreditavam na época, que, no alto da inocência infantil, a Elzi fosse um tipo de Bruxa. Sempre motivados pelo seu marcante cabelo preto escorrido, olhar penetrante, roupas diferenciadas e, claro, pelo insistente cigarro na boca.Também sempre foi lembrada pela arte hábil de tricotar, que muitos dizem ter auxiliado ao meu avô, a sair da falência, no tempo em que ele, decepcionado pela falsidade humana, “entregou aos céus” suas cobranças; Não posso deixar de citar a casa, na Rua Almirante Lamego n° 17, com a sua “Sala de Estar”, impecável e sempre limpa, em que, contam, era proibido por ela, sequer passar naquele ambiente. Ontem, dia 23 de agosto, foi seu aniversário de nascimento...
Hoje, dia 24, é o do Juca. Coincidências da vida, atualmente seu corpo jaz junto ao da mãe, no alto do nosso cemitério central, no Morro da Glória. Figura ímpar lagunense, será pouco ofertar suas passagens, somente em uma folha de papel. Afinal, sobre Leandro José Crippa, muitos sempre têm algo a dizer. Por isso, resumirei uma vida em poucas palavras de agradecimento...
No ano em que o Brasil ajoelhou com a morte de Airton Senna, nossa família foi ao chão ainda com a “viagem sem volta” do meu tio e sete meses depois, motivado pelo falecimento do filho, em 30 de dezembro de 1994, do meu avô, Alberto Crippa. Inexplicável sentimento e com certeza irreparável, de quem tinha apenas 15 anos e perdia parte do seu porto seguro, logo no começo da maturidade.
Mas lembrar deles, principalmente do Juca, sem dar boas risadas é impossível. Beberrão de marca maior gastou sua vida dando a quem estava ao seu lado. Pessoa que se contentava com pouco, tinha pelo dinheiro o mesmo apreço que tinha pelo um rival da lusa. Para ele, tendo um amigo, a família e um copinho de cerveja para comemorar, qualquer coisa que fosse, o resto era resto. Não é verdade “Seu” Pedro Medeiros¿
Quantas histórias podem ser contadas aqui sobre eles? Quantas ainda desconheço, mas aconteceram? Quem sabe, eu não tenha mais esta sorte de saber tantas outras, depois desta simbólica e simples homenagem pelos seus aniversários? Digo “esta sorte”, pois ter nascido neste berço esplêndido é e sempre será motivo de orgulho. Pois ser semente do Alberto e da Elzi da Silva Crippa é a certeza de nunca esquecer minhas origens.
Os mais velhos, é claro, somente eles, lembrarão da sinuosa Elzi; a senhora Alberto Crippa. A bela que precocemente subiu aos céus, mas que na sua breve estada aqui, deixou fatos marcantes, com quem conviveu. Como neto do meio, não tive o prazer de conviver com sua presença material, já que nasci três anos após sua “viagem” (dia 05 de maio de 1976). Porém pude confeccionar memórias magníficas, através de discursos, muitas vezes embevecidos e outros até cômicos, de pessoas, que, ao longo dos meus 31 anos, contaram e ainda contam passagens sobre a minha avó.
Têm os “meninos e meninas” do Campo de Fora, hoje cinquentões, que acreditavam na época, que, no alto da inocência infantil, a Elzi fosse um tipo de Bruxa. Sempre motivados pelo seu marcante cabelo preto escorrido, olhar penetrante, roupas diferenciadas e, claro, pelo insistente cigarro na boca.Também sempre foi lembrada pela arte hábil de tricotar, que muitos dizem ter auxiliado ao meu avô, a sair da falência, no tempo em que ele, decepcionado pela falsidade humana, “entregou aos céus” suas cobranças; Não posso deixar de citar a casa, na Rua Almirante Lamego n° 17, com a sua “Sala de Estar”, impecável e sempre limpa, em que, contam, era proibido por ela, sequer passar naquele ambiente. Ontem, dia 23 de agosto, foi seu aniversário de nascimento...
Hoje, dia 24, é o do Juca. Coincidências da vida, atualmente seu corpo jaz junto ao da mãe, no alto do nosso cemitério central, no Morro da Glória. Figura ímpar lagunense, será pouco ofertar suas passagens, somente em uma folha de papel. Afinal, sobre Leandro José Crippa, muitos sempre têm algo a dizer. Por isso, resumirei uma vida em poucas palavras de agradecimento...
No ano em que o Brasil ajoelhou com a morte de Airton Senna, nossa família foi ao chão ainda com a “viagem sem volta” do meu tio e sete meses depois, motivado pelo falecimento do filho, em 30 de dezembro de 1994, do meu avô, Alberto Crippa. Inexplicável sentimento e com certeza irreparável, de quem tinha apenas 15 anos e perdia parte do seu porto seguro, logo no começo da maturidade.
Mas lembrar deles, principalmente do Juca, sem dar boas risadas é impossível. Beberrão de marca maior gastou sua vida dando a quem estava ao seu lado. Pessoa que se contentava com pouco, tinha pelo dinheiro o mesmo apreço que tinha pelo um rival da lusa. Para ele, tendo um amigo, a família e um copinho de cerveja para comemorar, qualquer coisa que fosse, o resto era resto. Não é verdade “Seu” Pedro Medeiros¿
Quantas histórias podem ser contadas aqui sobre eles? Quantas ainda desconheço, mas aconteceram? Quem sabe, eu não tenha mais esta sorte de saber tantas outras, depois desta simbólica e simples homenagem pelos seus aniversários? Digo “esta sorte”, pois ter nascido neste berço esplêndido é e sempre será motivo de orgulho. Pois ser semente do Alberto e da Elzi da Silva Crippa é a certeza de nunca esquecer minhas origens.
5 comentários:
Nossa mano estou emocionada ate agora com sua historia, veio tudo em minha mente, tudo que passamos e tudo que somos hoje graças a nossa educação, desta familia maravilhosa. Vc eh um genio eu meu TUDO te amo muito mano. Bjs Elzi Crippa.
Olá! Não poderia depois de ler simplesmente não deixar um comentário a respeito do texto maravilhoso e muito bem escrito...PARABÉNS!!! Sou amiga da Elzi...Bjos!!!
"Filho, mais uma vez eu repito que vc é muito especial e com certeza eles leram a sua mensagem e tb o abençoaram. “Faz lembrar muita coisa boa da Rua Almirante Lamego 17. Te amamos e acreditamos em vc.
Obrigada meu filho pelo carinho com os seus familiares.
Preto, maravilhosas as tuas palavras, com certeza és muito especial, e continue sempre assim, colocando pra fora, sua poesia em forma de saudade, são poucas as pessoas que traduzem no papel o verdadeiro sentimento, você consegue fazer isso, e muito bem.
Bjs querido
Ola , surfando pela net, encontrei teu blog, por ventura voce seria neto do Sr Alberto Crippa, que foi gerente da Caixa Economica Federal em Laguna? um abraço
renato souza
raosouza@hotmail.com
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