Puxa saco. Tolerância zero!

Num papo descontraído entre amigos que têm conhecidos em comum, hoje, no fim da tarde, surgiu a figura patética dos puxa-sacos. Fomos até pesquisar a origem da expressão. Segundo o Doutor Google, o saco, a que se refere a expressão, é o saco de guardar coisas dentro. Similar de pasta, sacola, bolsa, "emborná". O puxa-saco é, pois, aquele que carrega o saco pro outro, numa demonstração irritante de bajulação. Isso derruba o estranhamento que um de meus amigos tinha com a expressão, já que ele considerava este saco como sendo de um outro tipo. E, assim, a puxada seria pra lá de desconfortável, indo contra o sentido da bajulação. Pois bem, filosofias sobre o puxassaquismo levaram a outras reflexões. Por que uma pessoa se presta a puxar o saco da outra? Seria em benefício da outra, para bajulá-la de tanto amor que se devotaria a ela, ou em benefício próprio, do puxador mesmo? No âmbito do afeto, comum entre amigos verdadeiros e familiares, o puxassaquismo até pode ser em benefício do outro. Assim, tem-se a mãe ou o pai que puxam o saco do filho, de tanto amor que lhe devotam. O amigão do peito que puxa o saco do outro amigão. Mas, no âmbito do trabalho, da política, o puxassaquismo pelego é, sem dúvida, em benefício próprio. E o pior é que ele causa outros comportamentos daninhos. O cara que puxa saco dedura o companheiro de trabalho para agradar ao patrão. Dependendo do caráter do puxa-saco, ele inventa mentiras contra um colega de trabalho para se destacar mais que ele. Ele faz fofoca pro patrão, como forma de se mostrar íntimo, confidente, de confiança. Todo mundo já viu ou convive com alguém assim, eu aposto. O puxassaquismo é uma forma de esconder sua própria mediocridade, arma de incompetentes, patéticos. E o pior é que os puxa-sacos ficam crentes de que não o são. Fazem caras e bocas pro patrão e pensam que ninguém está percebendo. Patéticos. Todos os puxa-sacos deveriam andar com um espelho à frente, para se corarem de vergonha dessas demonstrações de pequenez. Tolerância abaixo de zero com gente desse tipo. Por Célia Rennó

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