O Carnaval precisa ir para a Beira Mar




(nas fotos a realidade da cidade e na outra, o exemplo de como é em Salvador, passando pela praia)


Outra percepção bem bacana que deu pra ter naquela audiência do Mar Grosso é a vontade, de quase 100% dos participantes, que o carnaval de rua, migre para a beira mar. Como dito, quase que de forma unânime, a enquete feita para avaliar tal mudança teve 92 assinaturas positivas para esta evolução, frente a 2 contrárias. Detalhe é que todas estas 94 vieram de comerciantes ou moradores do bairro. Argumento fortíssimo para que a idéia seja debatida já para 2011, quando o festejo terá a data de 08 de março.

Além da vontade da maioria, alguns outros benefícios cabíveis e pontuais para perpetuação do sucesso de nosso carnaval vem abaixo. São argumentos básicos, mas levantados para qualificar esta possível mudança de roteiro. Tudo isso, é claro, sempre buscando o melhor para todos sem perder o foco no desenvolvimento do nosso maior evento.

(a ordem de importância destes motivos, não tem nada a ver com a sequência escrita a baixo)

1- A Fiação – Todos os anos há uma grande preocupação com a fiação que corta as avenidas Senador Galloti e João Pinho, por causa dos grandes trios e também pelas pessoas que freqüentam os mesmos. Na beira mar não tem isso;

2- O Transporte Coletivo – Sempre quando chega o carnaval, a empresa é obrigada a mudar o trajeto normal, por que as avenidas Senador Galloti e João Pinho estão interditadas, o que causa um grande transtorno aos usuários. Na beira mar, isso continuaria normal;

3- Serviços Básicos – Pelo volume grande de pessoas que freqüentam nosso carnaval, todos os anos é montada uma estratégia, para possíveis atendimentos da polícia, da saúde e dos bombeiros. Em muitos casos, com alguns exemplos já ocorridos, é extremamente difícil acessar as avenidas, mais ainda se deslocar até o hospital, delegacia ou instituições do gênero. Na beira mar, com as avenidas principais livres, isso facilitaria muito.

4- Banheiros Químicos – Quem mora ano todo na praia e cumpre seus deveres tributários, cria certa ojeriza pelos banheiros químicos instalados, em muitos casos, na porta do seu prédio ou na calçada da sua casa. Isso sem contar com o encantador cheiro de mijo (perdão da palavra), que nossas calçadas e muros ficam ao término do evento. Na beira mar, com o vasto calçadão da orla e areia da praia, isso se resolveria;

5- Barracas de Ambulantes – Todos os anos existe um desgaste, por causa das barracas que são colocadas nas esquinas, ao longo das avenidas, principalmente na Senador Galloti. Os argumentos são diversos de ambas as partes, mas a sociedade ampara quem permanece com o estabelecimento o ano inteiro, pagando tributos e dando emprego. Acha injusto concorrer logo no melhor do verão, já que após o carnaval, a cidade volta a amargar a sazonalidade. Na beira mar, como só existe 3 comércios fixos, isso seria mais justo, mais fácil de organizar e arrecadar;

6- Logística do Evento – Levando-se em conta a organização dos últimos 5 anos do nosso carnaval e sabendo que o show na praia se inicia somente após a chegada do trio no antigo calçadão, esta interligação seria mais envolvente com o trio vindo pela beira mar;

7- Duas Ruas – Como a nossa beira mar tem a característica importantíssima de possuir 2 ruas, fechando-se uma para o carnaval, ainda sobra a outra, com fácil transição para qualquer motivo inclusive de acesso dos moradores da região;

8- Descanço – Sabedores do maior volume de moradores, que ocupam as habitações das avenidas Senador Galloti e João Pinho, durante todo o ano, em detrimento aos da beira mar, mesmo sendo carnaval, ainda assim será uma forma de “homenageá-los” com a possibilidade de menos poluição sonora;

9- Som Auto Motivo – O conceito de carnaval passa longe da concorrência entre som auto motivos. Com a possibilidade do carnaval na beira mar, aplicaria-se a proibição de qualquer movimento do gênero nas avenidas Senador Galloti e João Pinho, além de dificultar a entrada dos mesmos, na avenida da beira mar, escolhida para passar o trio.

A resposta é de cada um...


No fim do ano passado, quando resolvi inovar e fazer uma pequena audiência pública, com “as pessoas” do Mar Grosso, para discutirmos com os órgãos competentes (convidados também a participarem), sobre a segurança, limpeza e o esgoto da nossa orla, fato que aconteceu na Chopperia Mix, tivemos (todos, inclusive as autoridades presentes) diversas surpresas e percepções, naquela noite de segunda feira. Falarei um pouco delas a partir de hoje:

A primeira foi que se a “comunidade” realmente quiser, tem condições plena de crescer e muito. Esta mania velha de esperar tudo dos poderes públicos, já é um clichê perdido e deve ser superado urgentemente. Não existe justificativa para ainda estarem presas nisso, mesmo que sejam pessoas que “mau a mau” cumprem com os seus deveres de cidadão e que preferem participar somente atirando para tudo quanto é lado, sem, no mínimo, levantarem seus “traseiros” da almofada para contribuírem de alguma forma realmente benéfica, para o município. Estes rapidamente devem mudar seus conceitos. O mesmo deve acontecer com outros que insistem em não esquecer as administrações da prefeitura. Seja ela do partido que for, pois isso até parece que nasceu com Laguna. Os caras preferem ficar “metendo pau” nas esquinas da cidade, independente se o “projeto” é bom ou não. Pura burrice, pois qualquer um que seja levemente instruído entende que estas coisas são fruto do dissabor do ranço político, que ainda ataca ferozmente muitos do povo lagunense.


Não me levem a mal conterrâneos, mas se Laguna hoje não consegue atrair grandes empresas, não é um pólo turístico, não consegue ser reconhecida devidamente de maneira sólida no país e no mundo, parece ter “uma cabeça de burro enterrada”, pois tudo aqui é mais difícil, a culpa também é sua. Ou você acha que é só do atual prefeito¿ Claro que não. Os problemas de Laguna são históricos. Precisamos abrir os olhos para isso. Eles existem com Célio Antônio e com Mauro Candemil, com Adílcio Cadorin, Joãozinho e muitos outros que tiveram participação na administração da nossa Laguna, em anos anteriores. Será que em alguma delas tivemos significativas mudanças gerais, que até hoje fazem a diferença¿ Não digo isso minimizando as responsabilidades das pessoas que gerem nossa cidade, pois precisam sempre fazer mais do que o máximo para nos representar; afinal, este é o "conceito" de um cargo político. Mas você lembra de quem votou na última eleição ou na penúltima? Sabe o que esta pessoa fez por Laguna? A resposta é de cada um...


Meu texto não é político muito menos apolítico. E também não estou julgando esta classe da cidade. É sim de conscientização e quero mexer com quem vota nas urnas. Sei quem sou, de onde venho e onde quero chegar. Entendo que muitos de vocês sabem mais da vida do que eu e por isso busco a cada dia aprender, mesmo com os erros, pois prefiro pecar por fazer do que por omissão. E se cada um de nós evoluir nas atitudes e pensamentos, unindo os esforços em benefício comum, certamente repassaremos este novo instinto para a cidade, o que nos ocasionará bons frutos futuros.


Que o desenvolvimento virá para Laguna, não tenho dúvida, principalmente após a conclusão da duplicação da BR 101. Mas o detalhe a ser pensado é que ou a gente se prepara e participa deste crescimento ou seremos simplesmente coadjuvantes de quem virá tomar conta das nossas terras. Em outras e poucas palavras, ou nós seremos patrões ou seremos os serviçais. A escolha ainda pode ser nossa, pois cidades como Florianópolis, Garopaba e Balneário Camboriu, infelizmente, não são mais dos catarinenses. Você já havia se tocado disso¿
Repito, temos que mudar. Caso contrário será uma pena, pois permaneceremos na mesmice e amanhã estaremos reclamando do PMDB, PP, PT, PRB, PSDB, DEM, PSB, PR... Infelizmente, é mais fácil achar um “bode expiatório” do que assumir certas verdades. Mas não tem como fugir das nossas responsabilidades meu amigo. Não adianta. Vamos reavaliar nossas atitudes, inclusive na hora de votar. Pois se você acha ainda que são os políticos os maiores culpados, eu te pergunto: quem os colocam lá¿ A resposta também é de cada um...

Evento de surfe mundial em Laguna


Nada mais importante do que termos realizações. Escrevendo das profissionais, as que possuem potencial de marcar a sociedade acabam sendo as mais importantes. Assim acontece com o evento mundial Farol de Santa Marta Pro de Surfe, nível 5 estrelas do WQS, que ocorrerá entre os dias 22 a 27 de junho deste ano. Pessoalmente é um sonho sendo realizado, pois além de gostar de praticar este esporte, também tem todo o peso midiático para Laguna. É difícil mensurar a proporção institucional, mas é sabido que todos os sites e revistas brasileiras e do mundo, que trabalham com o surfe, estarão falando de Laguna. E todo este benefício ser causado por nós, só comprova que trabalhar pela nossa terra é muito gratificante. É o nosso esforço para diminuir a sazonalidade do turismo em Laguna.

Contra-Ataque (o que a poluição pode ter a ver com futebol)





Está mais do que na hora de corrermos atrás do prejuízo. Jargão muito conhecido no meio do futebol, atualmente pode ser bem empregado quando a temática é a poluição. E principalmente a do ar. Mas se o placar da partida agora está de goleada para o outro lado é por culpa do time da casa.

É que desde o momento em que o objetivo maior passou a ser a busca cega e incessante pela taça tecnológica, dentro do campeonato da modernidade, deixamos de lado o principal; o campo em que jogamos, a terra em que vivemos. E a partir disso, selamos o descenso da qualidade do ar, refletido tecnicamente na saúde de nós os jogadores; os seres-humanos.

A poluição há tempos faz parte da realidade do homem. Mas ganhou força com a Revolução Industrial, em meados do século XVIII. Com ela veio a queima excessiva de carvão, lenha e derivados do petróleo, que tonificaram a questão do problema atmosférico. Tanto que foram os mineiros os primeiros a sofrerem o gol contra das reações nocivas do ar venenoso causado pelo carvão.

Atualmente a realidade é bem mais complicada. Está também cada vez mais difícil jogar nos grandes centros. O jogo sujo provocado pelas condições adversas do ar, já faz parte do cotidiano de atletas e torcedores.

A intensificação das atividades urbano-industriais trouxe paralelo com o desenvolvimento, um tapetão variado de tipos de poluição. Atingem desde as pequenas agremiações, nos campinhos de várzea, até os avançados estádios sob os refletores ilusórios da evolução.

Continuando assim, não se pode esquecer que como um jogo de futebol, a disputa pela sobrevivência vai ter hora pra acabar. E pra muitos casos, a derrota virá em menos de 45 minutos do primeiro tempo.




PETERSON "PRETO" CRIPPA